Quem acompanhou algumas provas dos Jogos Olímpicos de 2016, realizados no Brasil, seja nas arenas ou pela televisão, provavelmente notou como era comum os olhos dos atletas se voltarem para o placar durante as competições. E o motivo de tal atitude é muito simples: os telões apontavam como estava o desempenho deles em tempo real.
Um problema muito comum nas empresas, de maneira geral, é que os números ficam concentrados nas mãos das lideranças ou são apresentados aos colaboradores de maneira ininteligível. Ou seja, eles trabalham sem placar ou simplesmente não conseguem compreendê-lo.
Sem acesso a métricas os colaboradores ficam ansiosos porque não têm condições de avaliar o seu próprio desempenho. Não sabem se estão trabalhando além ou aquém das expectativas. É como dirigir um carro sem velocímetro: nunca se sabe se o mais correto é frear ou acelerar um pouco mais.
Também é importante publicar o placar aonde há fluxo contínuo de pessoas dentro da empresa, como o quadro de avisos, local onde fica o relógio de ponto ou mesmo os corredores dos departamentos. E não se esqueça: as informações precisam ser fáceis de entender – não exigir nenhum tipo de análise técnica aprofundada dos colaboradores – e ser atualizadas com frequência.
Além de expor os indicadores em pontos físicos da organização, é recomendável que os gestores resgatem os números em reuniões ou mesmo em conversas durante o expediente para reforçar a necessidade do acompanhamento das métricas até que os resultados sejam, de fato, alcançados.
Quando uma equipe conhece com clareza qual o alvo que todos almejam e se depara em tempo real com os resultados do próprio desempenho, o ponto de vista a respeito das metas que precisam ser cumpridas muda bastante. Elas deixam de ser vistas como meras obrigações e passam a representar desafios que, se alcançados, trarão um gostinho de vitória e realização profissional.
Ao utilizar indicadores, as companhias ampliam o senso de responsabilização dos seus funcionários e conseguem influenciar o comportamento deles para que “recordes de produção” também sejam batidos.
Flávio Moura – Palestrante e consultor organizacional
Fonte: http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/como-usar-indicadores-de-performance-corretamente/116706/
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